25 de Julho: Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha – Luta, Resistência e uma Homenagem a Preta Gil
- Flavia Dias da Silva
- 24 de jul.
- 2 min de leitura
"Enquanto existir racismo, não haverá democracia."
(Sueli Carneiro, filósofa e ativista negra)
Uma Data de Luta e Reconhecimento
O 25 de julho é um marco histórico de resistência e poder feminino negro. Instituído em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas na República Dominicana, a data foi oficializada no Brasil em 2014 como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando a líder quilombola que comandou um território livre no século XVIII.
Esta data expõe as múltiplas lutas das mulheres negras contra:
✔ O racismo estrutural que as coloca na base da pirâmide social
✔ A violência de gênero - são 61% das vítimas de feminicídio no Brasil
✔ A discriminação no mercado de trabalho - recebem 44% menos que homens brancos
✔ O apagamento histórico de suas contribuições
🔎 5 Mulheres Negras que Moldaram Nossa História
Tereza de Benguela - Líder do Quilombo do Quariterê (século XVIII)
Carolina Maria de Jesus - Escritora que retratou a fome em "Quarto de Despejo"
Lélia Gonzalez - Pioneira do feminismo negro brasileiro
Marielle Franco - Política assassinada por defender direitos humanos
Preta Gil - Artista que revolucionou a representação negra na mídia
A Resistência que Transforma
As mulheres negras estão reinventando o futuro através:
• Da política - como a deputada Benedita da Silva • Da ciência - com pesquisadoras como Jaqueline Góes (sequenciamento do COVID) • Da cultura - através de artistas como Linn da Quebrada e Iza
Preta Gil: O Legado que se Transforma em Luz
Neste 25 de julho de 2025, a data ganha um significado ainda mais profundo. Preta Gil, uma das maiores representantes da cultura negra brasileira, nos deixou no dia 20 de julho, mas seu velório acontecerá justamente no Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
Cantora, atriz, apresentadora e ativista, Preta foi sinônimo de coragem e autenticidade. Abraçou sua identidade, lutou contra o racismo, defendeu os direitos LGBTQIA+ e usou sua voz para ecoar justiça. Sua música, seu humor contagiante e sua postura desafiadora inspiraram milhões.
"A gente não pode parar, porque a luta não para" (Preta Gil)
Sua trajetória foi marcada por:
🎤 Músicas que empoderaram gerações ("Sinais", "Libidinosa") 🏳️🌈 Visibilidade LGBTQIA+ como mulher bissexual 💪 Batalha pública contra o câncer com coragem exemplar
Neste 25 de julho, celebramos Tereza de Benguela, Dandara, Conceição Evaristo, Marielle Franco e todas as guerreiras anônimas – e também rendemos homenagem a Preta Gil, que agora se junta a essas estrelas que iluminam nossa caminhada.
Que seu legado nos lembre: a luta continua, a voz ecoa e a vida, mesmo quando se transforma, nunca se apaga.
Viva as Mulheres Negras!
Que neste 25 de julho possamos: ✊🏾 Lembrar quem veio antes de nós 💫 Celebrar quem caminha ao nosso lado
🌱 Plantar justiça para quem virá depois
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